Até o início de março de 2014, cerca de 500 casos foram registrados na Delegacia de Polícia para Mulheres neste ano

Na tarde desta quarta-feira (12), a secretária de Cidadania, Maria Dolores Gollin, proferiu palestra para as colaboradoras da empresa Aurora Alimentos. Com o tema “Violência contra a mulher”, a palestra integrou as atividades do Mês da Mulher promovido pela Prefeitura, através da Coordenadoria da Mulher vinculada à Secretaria de Cidadania e Setor Materno Infantil da Secretaria de Saúde. Ainda, a atividade fez parte do 3º Chá das Mulheres promovido pela Aurora Alimentos e contou com apresentação teatral sobre violência contra as mulheres.

O silencio só não protege a vítima
De acordo com a secretária de Cidadania, se as mulheres se calarem a violência continua. “O silêncio só não protege a vítima”, pontua Dolores declarando que até o dia 5 de março, 494 casos de violência contra a mulher foram registrados na Delegacia de Polícia para Mulheres somente neste ano. “São praticamente 250 casos por mês e, infelizmente, essa é a realidade de algumas famílias que sofrem junto com as mulheres a violência sofrida no âmbito familiar”, frisa.
“As mulheres não podem se calar, pois com isso estarão colocando em risco suas vidas. É preciso denunciar para que a violência tenha um fim. Vale ressaltar que considera-se como violência o uso intencional de força física ou do poder – real ou ameaça – que resulte ou tenha possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação”, explica a secretária de Cidadania.

Política para as mulheres
“As mulheres que experimentam a violência sofrem uma série de problemas de saúde, e sua capacidade de participar da vida púbica diminui. A violência contra as mulheres prejudica as famílias e comunidades de todas as gerações e reforça outros tipos de violência predominantes na sociedade”, pontua a secretária de Cidadania, afirmando que é sabido que ainda há um longo caminho a trilhar para acabar com a violência.
“Apesar de sabermos que precisamos avançar para definitivamente eliminarmos a violência contra a mulher, também podemos comemorar muitas conquistas para Erechim, como a criação da Coordenadoria da Mulher que está vinculada à Secretaria de Cidadania e a implantação da Delegacia de Polícia para as Mulheres na nossa cidade. É através de ações públicas, privadas e individuais que iremos seguir nesta caminhada que tem como meta proteger as mulheres e garantir qualidade de vida para a sociedade”, destaca Dolores.

Não se cale. Denuncie
Segundo a Central de Atendimento à Mulher, o perfil de relatos recebidos através do telefone 180, apontam que 57,7% das vítimas sofrem agressão diariamente, 50,3% das vítimas se percebem em risco de morte e 38% delas apresentam tempo de relação com o agressor superior há 10 anos.
O Ligue 180 é uma central de atendimento à mulher do Governo Federal e as ligações gratuitas podem ser feitas em todo território nacional. São cerca de 200 atendentes que cobrem o período de 24 horas diárias, inclusive feriados e finais de semana.
Em Erechim as denúncias também podem ser feitas através dos seguintes contatos:
Delegacia de Polícia para Mulheres – 3321.9996
Plantão Polícia Civil – 3522.1000
Brigada Militar – 190
Secretaria de Cidadania – 3522.9240
Secretaria de Saúde – 3522.7200
SAMU – 192
Ambulância Cidadã – 160
Coordenadoria da Mulher – 3522.3656
Posto Médico Legal – 3519.0418
Defensoria Pública – 3519.9883/3520.9000 – ramal 10
Conselho Tutelar – 3321.5093/9176.0226
FHSTE – 3520.2100
Hospital de Caridade – 3520.8400
Poder Judiciário – 3321.2811
Ministério Público – 3321.1312
CRAS I – Progresso – 3519.4476
CRAS II – Linho – 3519.4387
CRAS III – Presidente Vargas – 3522.3748
CREAS – 3321.3619
EMATER – 3321.5599

Confira a programação do mês no link:

http://www.pmerechim.rs.gov.br/uploads/categories/534/d8786a469e979a1cc3b890394dc7fbf9.pdf