Prefeitura Municipal de Erechim - Prefeito diz que falta logística para região sair do isolamento
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27/04/2007

Prefeito diz que falta logística para região sair do isolamento

Prefeito diz que falta logística para região sair do isolamento

Prefeito diz que falta logística para região sair do isolamento
    O isolamento de Erechim e regio em relao aos plos mais desenvolvidos foi o tema abordado pelo prefeito Eloi Zanella na abertura do II Seminrio Integrasul (Frum da Mesomercosul), realizada quinta-feira (27). Ele criticou a ausncia dos governos estadual e federal em projetos de infra-estrutura regional. S existe o transporte rodovirio pela BR 153. A estrada de ferro est desativa e o aeroporto no tem as condies tcnicas necessrias para operar com segurana. Na avaliao dele o desenvolvimento da Mesorregio Sul passa por um aporte maior de recursos e principalmente obras de infra-estrutura em comunicao e transporte.
    Pronunciamento
    Na nossa viso de administrador pblico e de quem tem uma grande experincia desde 1977, e no quarto mandato de prefeito,  acumulando experincias, conquistas e decepes, durante esta longa e rdua caminhada, vemos com muito entusiasmo a realizao deste II Seminrio Integrasul Juntos construindo novos rumos para o desenvolvimento da regio sul.
    Isso tem um grande significado para ns de Erechim e regio. A grande preocupao dos gestores pblicos, dos administradores municipais desta mesorregio que tem as suas deficincias, necessidades e valores, surge quando nos deparamos com o processo desenvolvimento, onde enfrentamos algumas questes que precisam ser resolvidas porque seno o restante ficar apenas na retrica.
    No mundo contemporneo a logstica para que se possa criar condies de desenvolvimento em regies como a nossa, no norte do RS, ela passa ser de fundamental importncia das a extraordinria concorrncia que ns temos hoje no mercado globalizado.
    As distncias da matria-prima, o custo do transporte, as deficincias do setor rodovirio, a desativao do setor ferrovirio, a dificuldade de trazer uma autoridade para um evento como este, pela falta de condies tcnicas do aeroporto para receber uma autoridade com qualquer tempo.
    Das deficincias que temos em energia e comunicao, cria um isolamento local mesmo que haja uma integrao extraordinria, atravs do esforo que estamos fazendo com a criao de um plano estratgico de desenvolvimento regional, avaliando as potencialidades que ainda no foram exploradas, identificando como vencer essas resistncias para podermos competir em igualdade de condies. Isso se traduz em investimento em infra-estrutura..
    Ns j passamos por governos que nos foi dado o direito de discutir onde investir e estabelecer prioridades. Passamos pelo Oramento Participativo, pela Consulta Popular, e vejam: para uma regio de 300 mil habitantes, com 32 municpios nos foi dado menos de 2 milhes de reais por ano para discutir onde colocar esse dinheiro, quando uma das principais obras de integrao que a BR 480 necessitava de 5 milhes para ela para poder concluir um projeto de quase 200 milhes.
    Sem considerar que as estradas pavimentadas esto em condies precrias, se deteriorando por falta de investimento tantos as estaduais como as federais. Somos uma regio que produz 3 mil de kvts de energia e nada distribui para a regio porque entra no sistema nacional. Quando uma indstria de porte pretende se instalar na regio a primeira dificuldade a falta de capacidade energtica suficiente para gerar novas riquezas porque o sistema deficitrio. Ns produzimos, mas no usufruirmos.
    O sistema de comunicao isola alguns municpios da regio, onde 14 deles ainda no tem acesso por estrada asfaltada que o mnimo que se poderia exigir para se ter acesso. Ns estamos participando deste evento porque aqui est se criando mais uma vez a idia do associativismo que a nica maneira de reunir esforos e criar a sensibilidade necessria para que se traduza as intenes em atos concretos e aes concretas. O que ns precisamos na verdade so latitudes.
    E que administrador pblico sabe que prioridade se d ao oramento prioridade se d ao oramento colocando recursos para aquilo que se quer fazer.       
     Enquanto esses recursos no forem alocados e os projetos sejam efetivamente realizados ns continuaremos numa regio com enormes dificuldades. No preciso que se fique pobre par receber apoio, preciso receber apoio para no ficar pobre. Esta a grande luta dos administradores pblicos. Ns sabemos fazer, mas precisamos da infra-estrutura que so os grandes investimentos estaduais e federais atinjam tambm as nossas regies.
    Que no fiquem concertadas na regio metropolitana ou em eixos privilegiados como temos no RS. Basta ler pelas informaes estatsticas que o IBGE fornece, para saber aonde acontecem as grandes evases das bases intelectuais. Os nossos jovens que so o grande patrimnio intelectual produtivo que ns temos, esto saindo dos municpios e se deslocando para os grandes centros.
    Erechim recebe mais do que pede, mas a regio como um todo recebe muito menos do que pede. E este patrimnio que est indo embora. Quem sai? Sai aquele que tem sonho, aquele que empreendedor, aquele que quer vencer na vida, sai aquele que no acomodado. Ento ns perdemos muito mais do que o prprio capital. Esta a regio que ns estamos vivendo hoje.
    Uma regio que precisa ser resgatada com investimento e com os olhos de quem quer efetivamente interiorizar e fazer a incluso, porque no se faz incluso com quem no pode ser includo. Os municpios no tm mais capacidade de investir. E eu afirmo com a autoridade de quem foi prefeito logo aps a Constituio de 1988 que aumentou significativamente a receita dos municpios e quem foi prefeito at 1992 como o nosso caso, sabe o quanto tnhamos potencial de investir em obras e servios pblicos.
    Hoje ns estamos recebendo menos do que recebamos e foi transferida toda a responsabilidade da sade e da educao e na ao social do cidado. E no houve ao correspondente do governo federal. Deixamos de investir 25% do oramento para passarmos a investir hoje apenas 8% do oramento  das prefeituras. Estamos impotentes para dar conta, mesmo associando os recursos prprios, at porque no temos mais de onde tirar a receita prpria.
    Ento ns precisamos que se faa sim, uma grande reviso nessa distribuio tributria, onde quase 50% do que se arrecada no imposto e no partilhado com os municpios. Daquilo que partilhado, apenas 14% vem para o municpio, 26% para o governo estadual e 60% para fica com o governo federal.
    E ai est a grande fonte financiadora para criarmos infra-estrutura, para criarmos logstica que nos permita com o potencial que ns temos, com a formao que ns termos, com a vontade que ns temos, com a vontade que ns temos, com a necessidade que ns temos e com os associarmos, fazer tambm fazer uma logstica capaz de nos igualar com a proximidade dos mercados, manter nos nossos municpios a capacidade investir e, ento tirarmos os municpios e a regio de uma situao que est nos excluindo do processo de desenvolvimento a nvel nacional e internacional.
    Fao essa provocao porque ns estamos num frum e este e ele tem que questionar, tem que tirar concluses e este frum tem que sair daqui com uma deciso. Somos associativistas ento vamos nos associar, mas preciso que tambm o governo se associe ao nosso sonho e a nossa vontade de sermos iguais num pais que tem se desenvolver em igualdade de condies.