Prefeitura Municipal de Erechim - Mesa Redonda debate situação da água e esgoto em Erechim
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21/06/2018

Mesa Redonda debate situação da água e esgoto em Erechim

Mesa Redonda debate situação da água e esgoto em Erechim
Mesa Redonda debate situação da água e esgoto em Erechim

 

 

Dentro das programações da XVII Semana Municipal do Meio Ambiente, que ocorre de 18 a 23 deste mês, o Plenário da Câmara Municipal de Vereadores foi palco, na noite desta quarta-feira, 20, da Mesa Redonda que debateu a situação da água e esgoto no município.

 

Na oportunidade, a presença de José Homero Finamor Pinto, engenheiro civil da CORSAN, Joarez Sandri, presidente da AGER, Vanderlei Secretti Decian, geógrafo e presidente do Comitê de Bacia Hidrográfica dos Rios Apauê – Inhandava/URI. Como mediador o secretário de Obras Vinícius Anziliero.

 

Em sua manifestação, Homero destacou que a história do saneamento tem dois tempos, ou seja, até a década de 70 estava nas mãos dos municípios, através das Pastas de Obras Públicas. “50% da população brasileira não tinha água tratada e o Rio Grande do Sul foi o primeiro na questão do tratamento, com a criação, no ano de 1966, da CORSAN, inicialmente abrangendo 112 municípios, sendo hoje mais de 400”.

 

Para tanto foi criado o Plano Nacional de Saneamento para colocar água tratada junto as casas. “Estados do Brasil começaram a criar empresas modelos à CORSAN, ou seja, 27 estados, 27 companhias. Iniciaram os convênios de 20 anos entre os municípios e a estatal, mas em 2010 começaram a vencer todos os em vigência no Brasil, uma época em que havia muitos recursos para aplicar em saneamento”.

 

Nos últimos 15 anos, afirma que se passou de uma realidade que era de 50% das propriedades com águia para 100%. “Até o momento houve apenas dois picos de aplicação de recursos em saneamento. Em Erechim destacamos a obra de transposição do Rio Cravo e o Fundo de Gestão para a realização de obras de esgoto. Erechim possui R$ 40 milhões para realizar as obras para o tratamento do sistema de esgoto. Foi criado um Fundo Municipal de gestão compartilhada. Erechim terá 100% de esgoto tratado. Hoje são 46.895 economias faturadas e 768,183 metros cúbicos de água tratada por mês. Com relação aos investimentos, serão R$ 30 milhões no abastecimento de água e R$ 25 milhões no de esgoto”.

 

Joarez Sandri detacou o tema como muito importante e a AGER tem o trabalho de regular e fiscalizar. “O saneamento é feito de três formas. A lei diz que é o município que vai definir quem irá fazer o trabalho de saneamento. Quando começaram a encerrar os contratos os municípios se viram numa empreitada, mas podem eles próprios exercer esta prestação de serviços. A privatização não é um termo correto a ser utilizado. No Brasil, destaca ele, 47% da população conta com tratamento de esgoto. “Os planos de saneamento tem sofrido dificuldades”.

 

Por fim, Vanderlei pontuou que muitas vezes precisamos de um pouco de clareza. “O ato de privatizar deve ter noção e clareza, usar os porquês e para que. O público não tem condições de discernimento sobre o tema. Nos últimos 50 anos a preocupação foi apenas fornecer a água potável”.

 

Também lamentou a atual situação do Rio Tigre que hoje está na classe 04 do nível de poluição, ou seja, a pior possível. “Temos usado a bacia até um momento que não se suportou mais. Não podemos esquecer o ano de 2005, quando o município sofreu um grande racionamento de água. Hoje as perdas de água oscilam em torno de 35% a 45%”.

 

Após, dentro do 16º Fórum Regional do Meio Ambiente ocorreu a palestra com César da Rosa, engenheiro agrônomo da Emater, com o tema Programa Estadual de Conservação do solo e da agua.