No Dia Internacional da Pessoa com Deficiência o Governo Municipal comemora o investimento anual de mais de 1 milhão em Educação Inclusiva

Limitação não é motivo de impedimentos, é preciso respeitar as diferenças. Neste dia 3 de dezembro, data instituída pelas Nações Unidas como o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, Erechim pode comemorar o sucesso do projeto de Educação Inclusiva no Sistema Municipal de Ensino. Hoje quase 200 crianças com deficiência são atendidas no ensino infantil e médio.  Elas frequentam as aulas normalmente com as outras crianças com a supervisão de dois profissionais preparados, a chamada bi docência, ou seja, dois professores na mesma turma. O Governo Municipal investe por ano mais de R$ 1 milhão no projeto.

O ano de 2010 é considerado um marco na proposta de Inclusão Escolar para Erechim porque passou a ser um dos eixos que norteia a Educação no município. As crianças contam com transporte escolar específico e adaptado, da porta de casa até a porta da escola. No contra turno escolar, os estudantes com deficiência participam de atividades educacionais especializadas na sala de recursos multifuncional.

Essa realidade tem ajudado no desenvolvimento do pequeno Lucas Lerner de 8 anos que frequenta o ensino regular na Escola Municipal de Ensino Fundamental Paio Grande. A mãe, Thais da Rocha, garante que apesar de ter autismo o menino está adaptado. “O município está dando a nós a possibilidade dos nossos filhos, que tem deficiências, irem além. De estudarem. E o mais importante com recursos e pessoas especializadas. É visível o crescimento pedagógico do Lucas nos últimos dois anos”, enfatiza Thais.

A implantação do programa de Inclusão Escolar exige esforço diário de todos. A diretora da Escola Municipal de Ensino Fundamental Luiz Badalotti, Cátia Regina Scariot, destaca que é justamente o trabalho em equipe que garante o sucesso da inclusão. “A proposta foi desafiadora. Tivemos que rever conceitos e mudar estratégias. Mas, juntos professores, pais e funcionários vencemos e hoje só a nossa escola tem 32 estudantes com algum tipo de deficiência. Eles estão adaptados e já percebemos a melhora no desenvolvimento de cada um”, revela a professora.

Educar com liberdade

O projeto de Educação Inclusiva tem a proposta de educar com liberdade para brincar, imaginar, sonhar e viver, valorizando e respeitando as diferenças. Este modelo educacional deu a Erechim o Prêmio Nacional de Educação Inclusiva, sendo considerada a melhor do Brasil e à Escola Municipal de Educação Infantil Irmã Consolata por ter a melhor experiência em educação inclusiva no país, reconhecida pela conquista do Terceiro Prêmio Experiências Educacionais Inclusivas.

O reconhecimento foi concedido pela Organização dos Estados Ibero-Americanos (OIE) e pelo Ministério da Educação. No total, 140 projetos de todo Brasil foram avaliados, englobando desde capitais e grandes metrópoles, até pequenos municípios.

Esse trabalho é reflexo, em parte, do atendimento especializado a crianças com deficiência desenvolvido pela Secretaria de Educação de Erechim. A Pasta da Educação foi considerada a segunda melhor do Brasil, sendo reconhecida pelo conjunto das ações que desenvolve em relação a educação inclusiva no município.

Educação é reconhecida pela Unesco

O trabalho desenvolvido nas escolas de Erechim também é tema de pesquisa por parte da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), que avaliou município junto a outros nove de todo o Brasil.  A pesquisa quer identificar e divulgar as boas práticas em inclusão e fortalecer programas, projetos e políticas alinhadas à educação inclusiva no Brasil.