Prefeitura Municipal de Erechim - Exposição - As Balsas do Rio Uruguai
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29/06/2007

Exposição - As Balsas do Rio Uruguai

Exposição - As Balsas do Rio Uruguai

Exposição - As Balsas do Rio Uruguai
    No decorrer da histria de nossa cidade muitos acontecimentos importantes se deram. A trajetria percorrida pelos balseiros no incio da colonizao merece ser lembrada e conhecida pela sociedade Erechinense. O sofrimento e o esforo de homens que deram incio ao desenvolvimento e crescimento deste lugar poder ser visto na exposio "Balsas e Balseiros", realizada no Arquivo Histrico Municipal durante todo o ms de julho.
    Escreve Antnio Ducatti Neto que, na infncia passada nas margens do rio das Antas, teve oportunidade de viajar, vrias vezes, nas balsas construdas pelos balseiros contratados por seu pai, Ricardo Ducatti, ajudando inclusive nos servios de construo e navegao. Estas aventuras esto relatadas no livro A vida nas colnias italianas no captulo dedicado ao rio das Antas (I parte).
    No rio Uruguai, especialmente nas regies de Erechim e Chapec, constitudas de pinheirais, o fenmeno se repetiu, conforme relatado por pessoas que, ou trabalharam nas balsas, ou presenciaram os trabalhos de embalsamento e a partida das mesmas, pelo rio Uruguai abaixo, nas imediaes do Passo Goio-En.
    Segundo Chico Tasso, as serrarias depositavam a madeira a beira do rio, espera da enchente. Quando se aproximava a poca das chuvas, comeava o trabalho de embalsar. Compunham-se os quartis de tbuas serradas. A amarrao de fazia no comeo com cip imb, que se chamuscava no fogo antes de usar. Posteriormente, na falta de cip se usou arame queimado liso.
    Cada balsa era composta de 10, 20 ou at 30 quartis, perfazendo at 200 metros de comprimento. Cada balsa tinha o seu fogo de terra e barraca, com canais e despensa para os mantimentos. Os donos dos principais engenhos (serrarias) acompanhavam todos os trabalhos. Os principais madeireiros eram os senhores Batista e Emlio Grando, de Erechim, e os Bertasso, de Chapec.
    Quando sobrevinha a enchente, as balsas eram soltas com grande foguetrio. H quem afirme que Batista Grando tambm desceu muitas vezes nas suas balsas e descreveu todo o trajeto, as corredeiras do Salto do Uv, o paredo perigoso. Naturalmente, havia outros perigos; as corredeiras, os remansos etc., que podiam acarretar a quebra da balsa com a perda de todo o taboado.
    O destino das balsas era So Tom ou Libres, na Argentina. Quanto aos resultados financeiros do empreendimento, nada podemos informar, mas acreditamos que muita gente ganhou dinheiro, tendo em vista que o transporte pelo rio era o mais fcil e o mais econmico (O Grande Erechim e Sua Histria - Antnio Ducatti Neto).