Prefeitura Municipal de Erechim - CC 25 de Julho lotado numa noite histórica para Erechim

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21/06/2017

CC 25 de Julho lotado numa noite histórica para Erechim

Erechim 100 Anos – Aqui é nossa casa!

 

 

O Centro Cultural 25 de Julho abriu as cortinas do seu palco para um espetáculo que percorreu os anos através da narrativa, do bailado, do canto e da música, numa noite especial de uma data significativa, em 1918. No dia 18 de junho daquele ano houve a Instalação do Município de Erechim, criado no dia 30 de abril. Apenas alguns dias decorriam da assinatura do Decreto 2.343, de 30 de abril, quando o então Presidente do Estado do Rio Grande do Sul, Antônio Augusto Borges de Medeiros visitou a cidade para uma comemoração cívica com os primeiros moradores.

 

A data da instalação esteve perdida no tempo, cedendo lugar para 30 de abril, e foi em razão da programação do centenário do município, em 2018, que a Secretaria Municipal de Educação e a parceria Companhia Brasileira de Cinema e Unicred Erechim decidiu resgatá-la para um evento marcante conjuntamente com uma programação especial da Escola Municipal de Belas Artes Osvaldo Engel.

 

Desde a portaria o clima envolvendo as etnias mais populosas na formação da população de Erechim, encaminhava os convidados para mais surpresas. Atores personalizados com traços de homens e mulheres dos primeiros anos da vida na comunidade no início do século 20, davam boas-vindas num cenário de ontem e hoje. Lá também estavam com suas cores e belezas: Grupo Avanti, Grupo Gillé, Grupo Stela Alpina, Grupo e Capela Jupem, Grupo Chopp e Dança, Grupo Afro Mené, CTG Espora da Prata - representantes de espanhóis, ucranianos, israelitas, italianos, polonses, italianos.

 

No palco, primeiro a arte seguida de narrativas sobre fatos daquele período, depois os fundamentos do trabalho da CBC, desenvolvido com apoio do município: projeção de imagens antigas de Erechim, exposição de fotografias e pessoas comuns na comunidade num simbolismo do mosaico étnico presente na composição do erechinense.

 

A palestra stand up com Julmir Ceccon - Especialista em Comunicação e jornalista Assessor de Imprensa da Cooperalfa - explorando o tema: “Antídotos para um mundo canibalizado”, convidou os presentes para uma reflexão momentânea sobre o momento brasileiro, as perdas e ganhos que as mudanças manifestam; a ousadia e o legado dos nomes que constroem.

 

 

O prefeito Luiz Schmidt falou: “a cidade se constrói com amor e esperança. Que esta noite seja a primeira noite da mudança de uma cidade e que a cidade que nos abriga seja realmente a Capital da Amizade; cidade que é empreendedora e que tem orgulho dos empresários que aqui estão; das relações humanas que aqui se estabelecem, que permite aos amigos se abracar nas ruas. Vem aí os 100 anos e a pergunta é: o quanto nós podemos devolver da nossa história para esta cidade? Ele também citou com Aury Luiz Bodanese e Vitório Três – homens que segundo ele construíram Chapecó e Caxias do Sul. “A prefeitura deve investir o dinheiro dos impostos em benefícios sociais: Saúde, Educação, Cultura”, seguiu.

 

O médico Antônio Gabriel Teixeira do Sicred Erechim lembrou que o município tem identidade centenária com a vida em sistema de cooperação. O diretor de cinema Osnei de Lima posicionou seu projeto “Erechim 100 Anos de História, 100 momentos de Felicidade”. Agradeceu ao prefeito Luiz Francisco Schmidt pela parceria do município com a CBC e fez menção especial a secretária de Educação Vanir Clara Bernardi Bombardelli e o diretor de Cultura Fernando Losado. O historiador Enori Chiparini contou curiosidades e descortinou fatos históricos dos primeiros anos da vida emancipada da comunidade, citando alguns personagens que no final do espetáculo sairiam dos livros e das artes cênicas para surgir no palco.

 

Fechando o espaço dos nomes e seus legados, o Juiz de Direito Antonio Carlos Ribeiro, caracterizado de Intendente Municipal Pedro Pinto de Souza - o segundo a ser eleito pelo voto livre e soberano dos erechinenses, em 1924 -, leu simbolicamente a Ata de Fundação do Município de Erechim, registrada no livro oficial, conduzido pelo Promotor de Justiça e historiador João Francisco Campello Dill.

 

Postado à frente de alguns personagens da história de Erechim, recriados pelo cineasta Osnei de Lima para o projeto “Erechim 100 Anos de História, 100 momentos de Felicidade”, Dr. Antônio Carlos Ribeiro com sua leitura emocionada promoveu uma volta no tempo enquanto da assistência podia ser identificada dona Elisa Vacchi – a parteira devota de Santo Antônio que disponibilizou imagens para a primeira missa; Cabo Cezário de Matos – o destemido primeiro chefe de Polícia; Padre Benjamin Busatto – aquele que ergueu a velha catedral e orientou trabalhadores para o sindicalismo e o cooperativismo. Os outros personagens com o mesmo brilho e legado completavam o cenário.

 

Assim como em 18 de junho de 1918, onde os relatos contam que à noite se encheu de música e alegria, na casa do empresário Saule Pagnoncelli, para recepcionar o Presidente do Estado, 99 anos depois o Centro Cultural 25 de Julho concentrou no palco o que há de mais representativo na música orquestrada e no canto coral. O maestro Gleison Juliano Wojciekowski buscou apoio nas alturas e regeu a Orquestra de Câmara do Alto Uruguai e a Orquestra Belas Artes, - junto com o colega maestro Márcio Busatto (Coral da URI) -, honrando à tradição de Erechim que tem no maestro Osvaldo Engel - sua maior expressão durante o primeiro centenário.

 

Ao longo dos anos a música ocupou muito tempo na vida dos erechinenses. Essas lembranças estiveram no Centro Cultural 25 de Julho na “primeira noite da mudança de uma cidade”, como disse o prefeito Luiz Francisco Schmidt em seu breve pronunciamento. Os solos da Camila Carvalho, Andrea Zenker e Eduardo Santos representaram os momentos de elevação do espírito e também o canto de dor da saudade dos imigrantes vindos de terras distantes, para construir no meio do nada um município que cem anos depois reúne pessoas de todas a etnias e classes sociais, para olhar para o passado sem sentir vergonha nem superioridade.

No Centro Cultural 25 de Julho – a casa das etnias - a comunidade se renova seguindo o simbolismo da Marca do Centenário: Erechim 100 Anos - Aqui é nossa casa!