Em 2025, a Escola Municipal D. Pedro II, de Erechim, deu um importante passo no fortalecimento das práticas de leitura e escrita com a implementação de um plano de ação pedagógico. Coordenado pelas professoras Eliziane Kielb e Raquel Dallagnol, o projeto tem como base três pilares fundamentais: a formação continuada dos professores, a valorização da literatura como instrumento formativo e o aprimoramento das práticas voltadas à alfabetização.

A primeira formação do ano letivo teve como objetivo, junto aos docentes, a construção de um projeto com propostas pedagógicas a serem desenvolvidas ao longo do ano, promovendo também uma reflexão teórica sobre o tema “leitura e escrita”. Em seguida, a escola promoveu uma formação especial com a professora Juliana Souza de Abreu, mestranda em Educação, que compartilhou reflexões significativas sobre práticas de alfabetização. O encontro foi marcado por momentos enriquecedores de troca, escuta e aprendizado.

A coordenadora do Ensino Fundamental I, Eliziane Kielb, destacou a importância do projeto:  “Essa iniciativa tem sido fundamental para avançarmos nas práticas pedagógicas de leitura e escrita. A ampliação de ambientes de leitura na escola é uma das ações mais importantes para transformar todo o espaço em um ambiente alfabetizador, além de oferecer diversas oportunidades de contato com manifestações culturais variadas, estimulando a aprendizagem, a criatividade, o pensamento crítico e a construção de identidade. Buscamos, ainda, que cada espaço, material e palavra escrita evidenciem a presença ativa das crianças e adolescentes, valorizando suas vozes, experiências e produções.”

O projeto conta com a exposição de produções autorais dos estudantes, como poesias, textos e painéis coletivos. Ebenezer da Rosa Neyssinger, estudante do quinto ano e autor de uma das poesias expostas, relatou: “Eu gostei muito de ver outras crianças lendo o que escrevi. Também gosto de ler e ver o que os colegas da escola escreveram.”

Já Diosmary Daliannys Suarez Cabeza, estudante do 2° ano, comentou sobre o painel coletivo de fluência leitora instalado no corredor da escola: “Eu gostei muito porque nos ajuda a ler e melhorar a nossa leitura. Eu gostei do relógio que conta os segundos (cronômetro), nunca tinha visto um desses.”

A professora Manoela Smaniotto também comentou sobre o projeto. “O projeto de leitura e escrita na escola tem despertado nos estudantes o sentimento de protagonismo e pertencimento, por meio da exposição de suas produções para apreciação e leitura pelos colegas. Acredito que esse movimento contribui para que crianças e adolescentes sintam-se motivados a se apropriar de novos conhecimentos, além de se sentirem desafiados a buscar constante aprimoramento. Os painéis coletivos proporcionam momentos de leitura descontraída entre amigos, promovendo um ambiente de incentivo mútuo e fortalecimento do aprendizado.”

Quando a escola cria e valoriza elementos construídos com as crianças e por elas, transforma-se em um território de pertencimento — um espaço onde aprender a ler e escrever também se torna um exercício de se reconhecer no mundo. Essa abordagem amplia o interesse e a compreensão dos alunos sobre o uso social da escrita. Esses ambientes, aliados a uma prática pedagógica intencional e ao planejamento de como os recursos são utilizados na alfabetização, têm se mostrado altamente significativos na escola.

A professora Vera Lúcia da Silva relata que: “O Plano de Ação, vem para agregar boas práticas de leitura e escrita. Avaliar o quanto precisamos ser incentivadores de uma alfabetização significativa, que respeita as produções e escrita espontânea das crianças em processo de alfabetização e letramento. Enxergar nas paredes da escola, os diversos cartazes com textos variados, com informações e consolidação do conhecimento com a caligrafia dos próprios estudantes, é consequência do que o plano propõe".

Fotos: SMEd PME